Há rostos que nunca se esquecem, cruzam-nos constantemente a memória, criando sensações de déja vu, aparecem de rompante nos nossos sonhos mais descansados, uma nova luz, uma nova esperança na obscuridade e linhas de pensamento baralhadas, de tanto estar na mente começa a apoderar-se de pequenos pedacinhos do corpo, brilho nos olhos, sorriso nos lábio, arritmias, arrepios, uma imagem, um som, um toque...
Destino ou não cruzam-se de novo, a vontade acresce, o sangue sobe, a arritmia explode, o corpo cede. O momento, os rostos aproximam-se, os lábios tocam-se, incontáveis fôlegos de saudade, de vontade, roçam a luxúria num quarto iluminado, vazio. Sugadas por uma força que receiam verbalizar, fusão dos corpos, toques indiscretos, suspiros profundos, peles arrepiadas, gotas de suor nos rostos quentes de paixão, o tempo parece estagnar, o quarto, antes frio aquece como se em chamas estivesse, os únicos sons que se ouvem são os de paixão, desejo e entrega... Fracção de segundos, eclipse, unem-se como uma só, entrega total, não é só nudez de corpos, é nudez de alma, olhos límpidos e cristalinos, um último suspiro antes de acalmar a respiração, juntas. um último beijo, antes de adormeceram abraçadas, a partir desse momento pertencem-se. Unidas pelo corpo, conectadas pela alma, amadas!
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